No decorrer dos tempos, sempre fomos habituados a lidar com a morte, ou não fosse aquilo que temos como mais certo e inevitável. Mas a forma como lidamos com ela tem vindo a sofrer alterações.
Não num passado muito distante, a morte ocorria e os procedimentos habituais passavam apenas por fazer uma simples cerimónia fúnebre e posteriormente o enterro. As recordações dessa pessoa que tinha acabado de partir ficavam apenas presentes na nossa memória.
Hoje em dia, já não é apenas assim. Com o uso banal que fazemos de internet e das redes sociais, quantas vezes não nos deparamos com um perfil ativo de uma pessoa que já faleceu, mas que continua presente virtualmente, recebendo até lembretes de aniversário para a parabenizarmos?
Talvez nesses espaços, o luto não assuma uma forma de despedida derradeira, encenando de uma certa forma a vida de alguém que já partiu.
Nestes casos, os mortos parecem continuar vivos, mantendo-se um laço de interatividade com quem já não está entre nós.
Poderá ser por causa desta nova abordagem que a morte comece a ser encarada pelos jovens de uma maneira menos sombria e negativa.